Desabafo de uma ex-mãe
Olá, humanos e não-humanos!
Primeira postagem de 2018 (acho que estou um pouco atrasada). O finalzinho do ano de 2017 não foi muito bom, assim como o início desse ano também não foi nada bom (medo!). Tanta coisa aconteceu...
Em 1º de Novembro de 2017 tive uma das perdas mais significativas na minha vida até o momento: minha menina faleceu. Minha companheira foi embora. Minha filha, que não saiu de dentro de mim, partiu.
Zara, Zarinha... neste exato momento estaria aqui, no meu pé pedindo atenção, e eu provavelmente não estaria escrevendo.
Nós a adotamos em 20 de Outubro de 2013, naquela época eu era recém casada e ainda estava me recuperando de uma outra perda (Sandy), ela foi muito importante nesse processo de mudança radical de rotina/vida. Ela tinha 7 anos de idade, havia perdido um pedaço do lábio direito em virtude de maus tratados, babava, teve periodontite, entre outras coisinhas de cachorro adulto...
Ela teve uma fase ovolactovegetariana, mas no finalzinho de vida ela me fez cozinhar alguns bichos (confesso) mas não me arrependo, fiz o que era possível naquele momento... Ela era tão boazinha que merecia todo o sacrifício...
Zara teve câncer na boca, o que já era de se esperar diante de tantos problemas dentários. Minha guerreira, mesmo com tantos problemas nunca perdeu a doçura.
Então, no dia 1 de Novembro de 2017 eu (sim, eu!) decidi optar pela eutanásia, ela já havia ficado internada por alguns dias, longe de casa, da família... só aguardando/esperando o inevitável. Não me arrependo de ter escolhido a data de sua morte, de ter sido quem assinou os papeis autorizando o feito. Ela não merecia aquilo, já havia sofrido muito nessa vida. Deixei-a descansar. O que pude fazer, eu fiz. Dei um lar, uma família, a liberdade de se expressar, ser quem ela era em sua essência. Ela acima de tudo foi respeitada.
Enquanto o médico administrava a anestesia e seus olhinhos fechavam, decidi naquele exato momento que não queria mais participar de nenhum sofrimento animal - abandonei o ovo, o leite e seus derivados. Minha menina merecia ter vivido mais, muito mais.
E mais uma vez me peguei dizendo que não adotaria mais cachorro... e mais uma vez me iludi, mas essa parte eu conto em outra postagem.

P.S.: Ainda sinto a sua falta.
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